Porque estudar comunicação numa formação em mindfulness e te ajuda no estágio?

Este tema é tão importante e esquecido de ser abordado. Dos vários participantes de uma formação em mindfulness, poucos são os que seguem com as práticas e levando os conhecimentos de forma profissional. E o que a comunicação tem a ver com isso?

As pesquisas confirmam que a interrupção da prática de mindfulness após um programa de 8 semanas pode levar à perda ou diminuição dos benefícios alcançados em níveis físicos e psicológicos. A autoeficácia em manter a prática pode diminuir, e a ausência de uma prática contínua, mesmo que breve e integrada no dia a dia, dificulta a consolidação dos efeitos positivos e aumenta a probabilidade de retorno aos sintomas iniciais. Mindfulness não é um estado que se alcança e se mantém, mas sim uma habilidade que requer prática regular para ser aprimorada e retida. 

Os benefícios do mindfulness são cumulativos e se manifestam com a prática contínua. Interromper a prática não apaga o aprendizado, mas enfraquece a capacidade de acessar e utilizar essas habilidades no dia a dia. 

E quem facilita mindfulness?

Como em qualquer outra terapia, nem todos permanecerão nela até o final. Não há dados sobre a porcentagem de desistência esperada em um programa de mindfulness. No entanto, a experiência clínica aponta que a cifra é similar à habitual em qualquer tipo de grupos terapêuticos, 20 a 30% dos participantes que iniciam abandonariam. Convém levar em conta esse dado ao organizar o grupo, prevendo que algumas pessoas não permanecerão até o final. A maioria das desistências ocorre nas primeiras três sessões e as principais causas costumam ser as demandas excessivas com respeito a motivação, tempo e prática, a rejeição a grupos grandes, ou discrepâncias sobre a forma de conduzir a terapia.

Uma formação adequada e uma ampla experiência no ensino de mindfulness, individualmente ou em grupo, é imprescindível.

Não basta ter conhecimentos teóricos de mindfulness ou ter participado de cursos de formação. Já está comprovado que, se o profissional não pratica mindfulness com regularidade, não poderá ensinar de forma adequada, pois não será capaz de responder as perguntas dos participantes, em geral relacionadas à prática.

Saber se comunicar é imprescindível

Por isso te ensinamos a comunicação autêntica. Uma comunicação atenta e autêntica é a forma prática de levar mindfulness para a vida cotidiana: ouvir de verdade, falar de forma clara, respeitar o tempo e o espaço do outro.

Comunicação não é só “para as redes sociais”

Muitas pessoas associam comunicação a “saber falar bem em público” ou “usar nas redes sociais”.

Mas, na vida, comunicar-se bem significa cultivar relações mais saudáveis:

Expressar necessidades sem agressividade.

Pedir ajuda sem medo.

Dizer não com clareza.

Criar vínculos de confiança.

Uma comunicação autêntica significa alinhar o que penso, o que sinto e o que expresso.

Quando há esse alinhamento, diminuem os conflitos internos e externos.

Isso é essencial para qualidade de vida: relações mais francas, ambientes de trabalho mais leves e vínculos familiares mais compassivos.

Comunicação consciente é parte da regulação emocional e uma expressão de vida

Ao aprender a nomear o que sentimos e expressar isso sem ferir, desenvolvemos autorregulação.

Isso diminui explosões emocionais, mágoas guardadas ou a sensação de não ser compreendido.

De pouco adianta meditar 20 minutos por dia e, fora do tapete, manter relações conflituosas por não conseguir se comunicar de forma clara.

O verdadeiro impacto do mindfulness aparece no convívio: em como ouvimos, respondemos e criamos espaços de respeito.

A comunicação autêntica é uma prática de mindfulness em movimento. Ela não é apenas um recurso para quem quer visibilidade, mas um pilar para quem deseja viver com mais presença, compaixão e verdade em todas as áreas da vida, seja no trabalho, na família, nas amizades e consigo mesmo.

E então, notou a importância da comunicação das nossas vidas?